“No mundo tereis aflições” (I João 16.33b).

Poucas coisas afetam a vida tão profundamente quanto a morte de um filho. A dor dessa perda é indescritível.

As vezes o bebê morre durante a gravidez… Ou logo após o nascimento…

Outras vezes, a criança morre apenas alguns dias ou semanas após nascer…

Em alguns casos, o filho já estava com alguns meses ou anos…

 Seja por motivo de doença, ou acidente…

Seja um bebê de poucos dias ou um filho já crescido, talvez um adolescente…

Perder um filho é desesperador.

Muitos pais vivenciaram essa perda dolorosa. Muitos pais enterraram seus filhos e junto com eles, a si mesmos.

Os pais que não passaram por essa dor, não podem sequer imaginar o que significa conviver com algo tão terrível (a morte de um filho) todos os dias, pelo resto de suas vidas.

Muitos desses pais perderam-se a si mesmos numa espécie de abismo. Uma dor que sufoca e dilacera a alma parece tomar conta do seu ser.

Os dias perderam o seu encanto, e a vida se tornou uma interminável rotina; cansativa e extremamente desgastante.

Muitas vezes, mesmo que o casal tenha outros filhos, não consegue superar a dor da perda daquele (a) filho (a) amado (a), e acaba, sem querer, rejeitando os outros filhos. A sua dor se torna constante e a sua linguagem de comunicação com as outras crianças passa a ser o sofrimento.

Todos nós, mesmo quem não tenha passado por uma tragédia tão terrível, como a morte de um filho, conhecemos alguém que tenha enfrentado ou esteja enfrentando essa situação. Não é um caso raro e isolado. Acontece todos os dias. Em muitas famílias.

Em alguns casos, além da dor da perda, o casal, ou um dos cônjuges, se depara com outro sentimento terrível e desesperador. A culpa.

Os pais sentem-se responsáveis pelos filhos a vida inteira. Não parece justo o filho partir antes dos pais. E por falar em justo… Como essa questão consome! A justiça. – “Onde estava Deus quando meu filho morreu?” Perguntam-se muitos. -“Não é justo!”, lamentam-se outros…

Deus estava onde sempre esteve. Ao lado daqueles que choram. Daqueles que sofrem.

E não, não é justo. O mundo não é justo. Aqui só encontramos dor, sofrimento e injustiça…

Jesus nos advertiu a respeito disso: “No mundo tereis aflições”…

Nós não queremos aceitar isso. Não queremos lidar com essa verdade. E quando a morte, a dor, ou o sofrimento batem na nossa porta, nós queremos fugir. No entanto, apesar das nossas tentativas de fuga, a dor se instala em todos os cantos da nossa alma.

–“Porque eu”?

–“Porque nós”?

A dor entorpece a alma.

Fugir, negar, sentir raiva, revolta, saudades… São etapas do luto. As vezes permanece-se por muito tempo aprisionado em uma delas. Outras vezes, é possível vivenciar cada uma delas num curto espaço de tempo, em um mesmo dia.

Os sentimentos se alternam entre a tentativa de fuga, seja pelo isolamento ou pela atividade acelerada e constante… Ou pela raiva. Raiva de Deus, do mundo, de alguém, ou de si mesmo.

A revolta por não ter conseguido evitar a morte… A saudade que em alguns dias é quase insuportável…

Os sentimentos oscilam… Mas a dor é constante.

Os pais que passaram pela triste experiência da morte de um filho, não raro, tem a sensação de que ninguém pode compreendê-los. Mas isso não é verdade. Existe sim, “Alguém” que pode compreender essa dor perfeitamente. “Alguém” que também passou por Isso.

Deus também passou por essa situação. A morte de Seu amado filho. Se existe alguém que pode compreender cada etapa, cada fragmento de dor que perder um filho representa, esse alguém é Deus.

Deus passou por isso. O Filho Dele foi assassinado. Morto numa Cruz. Um Filho que Lhe dava prazer. Alegria. Um Filho que só fazia o bem. Que nunca pecou e que jamais cometeu mal algum. Esse Filho amado foi torturado e pendurado em uma cruz… Sem culpa. Sem pecado.

Não há amor maior do que o amor de Deus por nós. Um amor capaz de entregar seu Único Filho para morrer em uma cruz por cada um de nós. Deus conhece a dor de cada pai e cada mãe que chora inconsoláveis lágrimas por um filho que não pode mais abraçar.

E para cada pai e cada mãe Deus tem algo a dizer:

– “Eu entreguei o meu Filho por você. Foi por amor a você que eu vi meu amado Filho ser torturado cruelmente e pendurado em uma Cruz. Porque amo você. E desejo ver você e a sua família aqui comigo, na glória, por toda a eternidade. Aqui comigo não há dor, não há sofrimento, nem choro nem lágrimas. Pois Eu enxugarei cada lágrima dos seus olhos. Apenas aceite o sacrifício que meu amado Filho fez por você. Eu amo você e desejo que você viva aqui no céu comigo. Existe um lugar onde não há choro nem dor. Esse lugar é aqui no céu. Tenha fé em Mim. Tenha fé em meu amado Filho Jesus Cristo. Toda dor, todo sofrimento vão passar. Eu vou curar o seu coração. Vou curar as suas feridas. Confie em Mim. Entregue sua vida em minhas mãos. Eu posso dar paz ao seu coração. Venha a Mim, Eu amo você”.

Vivemos em um mundo cruel, injusto e que está nas mãos de satanás… Mas graças a Deus, que mediante o sacrifício de Jesus na Cruz, podemos ter esperança. Pois Jesus Ressuscitou dos mortos e está com Deus no céu. Mediante o Seu sacrifício nós alcançamos a paz. Jesus conquistou para cada um de nós um caminho aberto aos braços do Pai.

“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mateus 11.28)

 Deus abençoe a sua vida, em Nome de Jesus,

  Alexandre e Rosileni


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